Saiba o que está em jogo em um dos maiores processos por patentes da história dos Estados Unidos
Um dos maiores processos por patentes da história dos Estados Unidos iniciou sua jornada nesta semana. Os líderes mundiais do mercado de smartphones, Apple e Samsung, duelam na corte de San Jose, na Califórnia (Estados Unidos), para saber, afinal, quem sairá com a razão.
Desde abril do ano passado, as duas maiores fabricantes de smartphones travam uma guerra judicial em dez países (Alemanha, Grã-Bretanha, Itália, Espanha, Holanda, Japão, Coreia do Sul e Austrália), trocando acusações de violação de patentes.
Os processos começaram quando a fabricante do iPhone moveu ação contra a rival no tribunal federal norte-americano de San Jose em abril do ano passado. A empresa de Steve Jobs pediu US$ 2,5 bilhões pela suposta cópia de seu smartphone e ainda queria que o Galaxy Nexus e vários modelos do Galaxy Tab fossem proibidos no país.
A Apple entrou com quatro processos de patentes contra a Samsung na área de design e mais dois por quebra de patentes de aparência. A sul-coreana revidou, alegando que a Apple violou cinco de suas patentes relacionadas à tecnologia. (veja aqui algumas das patentes que os dispositivos com Android infringiram). Entre idas e vindas, a disputa rendeu 50 processos.
Em julho, na Grã-Bretanha, um juiz decidiu a favor da Samsung e afirmou que os produtos da coreana não são "tão cool" como os da rival. Na Holanda, a Apple também perdeu a vez e teve de pagar uma compensação à Samsung por ter violado suas patentes de mecanismo usado para conectar o iPhone (3G, 3GS e 4) e iPad (1 e 2) à internet. Recentemente, foi a vez da asiática pagar. O Galaxy Tab 7.7 foi banido da Europa, mesmo após outras decisões favoráveis em países da região, e o Galaxy Nexus foi proibido no território norte-americano.
Já nesta terça-feira (31/07), durante o primeiro dia do julgamento decisivo, as coisas esquentaram novamente na corte de San Jose. O advogado da Apple afirmou que os documentos internos da Samsung provam que a companhia sul-coreana decidiu copiar o smartphone da empresa da maçã, porque não era capaz de competir no mercado com os aparelhos que possuía.
O defensor ainda mostrou aos jurados uma análise interna da Samsung que dizia que o hardware do iPhone era "fácil de copiar". Outro documento, escrito por um executivo da concorrente, afirmava que a empresa enfrentava uma "crise de design" por conta do iPhone.
A empresa sul-coreana se defendeu dizendo que a Apple também se inspirou em outros produtos que já estavam no mercado para criar o iPhone e, por isso, as alegações de que ela teria copiado o smartphone alheio não teriam mérito. Segundo a Samsung, assim como ela, a Apple também bebeu de outras fontes para desenvolver suas criações.
O site The Verge informa que independente do resultado, dar ou tirar razão da Apple pode promover novos acordos e processos de patentes que envolvem a companhia. Isso porque o objetivo da companhia é simples, mas bastante ousado: provar que ela teve a ideia original quando criou o iPhone e que todas as outras empresas copiaram o smartphone.
Durante quatro semanas, as provas serão apresentadas a um júri de dez integrantes, aos quais caberá chegar a uma decisão unânime quanto à vitória para um dos lados. Se você está curioso para saber como vai terminar esta história, fique ligado no Olhar Digital e acompanhe com a gente essa batalha de patentes. Vamos divulgar as principais notícias em relação ao julgamento.
Aproveite este espaço para deixar sua opinião: Quem levará a melhor e por quê? Também leia mais sobre esta briga em um artigo que questiona as diretrizes do sistema de patentes, e conheça mais sobre o sistema brasileiro de propriedade intelectual, clicando aqui.
Fonte: Olhar Digital












