Saiba qual é a melhor forma de depositar uma patente e o que o Brasil precisa fazer para liderar a área de inovação
Brasil vs EUA, os "reis" das patentes: como chegaremos lá?
O mercado de patentes no Brasil ainda caminha a passos lentos. Em 2010, foram concedidas 3.250 patentes, conforme relatório da OMPI (Organização Mundial de Propriedade Intelectual). E este é um número bem pequeno se compararmos com outros países como Estados Unidos, por exemplo. Por lá, foram contabilizados 509 mil pedidos no mesmo período.
Aliás, até mesmo os pedidos de patentes que estão parados no INPI são infinitamente menores do que nos Estados Unidos. Atualmente o país têm mais de 700 mil patentes esperando liberação contra 173 mil no Brasil. Apesar de parecer algo negativo, isso mostra que os norte-americanos criam muito mais que os brasileiros.
Outro detalhe que torna essas diferenças mais gritantes é o tempo de aprovação das patentes. Nos EUA são necessários apenas três anos, enquanto que por aqui o prazo é de oito anos. E o motivo de tanta demora é simples: o instituto brasileiro tem apenas 233 examinadores contra mais de 6 mil nos Estados Unidos.
"Com essa quantidade de profissionais não dá para fazer milagre. Estamos aguardando a aprovação para um concurso público de examinadores e também iremos criar uma escola de formação destes profissionais. Mas, uma pessoa demora até 3 anos para se formar, por isso que a meta de atingir 700 examinadores só deve ser cumprida em 2015", conta a diretora substituta do INPI. "Fora isso também queremos reduzir o prazo de espera para quatro anos até 2015", completa.
Para agilizar o processo do registro de patentes, o instituto vai estabelecer filas prioritárias de exames, de acordo com a área mais estratégica para o desenvolvimento do país. Além disso, segundo Liane, o INPI deve inaugurar um sistema que dará acesso às informações dos pedidos online. A partir de 2012, os inventores poderão acompanhar tudo pelo site, desde o depósito da patente até o exame final.
O ministro da ciência, tecnologia e inovação, Aloizio Mercadante, ressaltou diversas vezes que o país precisa de um "salto quântico" na área de inovação, pois "quem compra pronto, não lidera". Portanto, está na hora de agir. Se você tem alguma ideia em mente, corra atrás para saber se ela realmente é inovadora. Caso o seu produto seja inédito, vá até o site do INPI para se informar sobre seus próximos passos ou procure associações de apoio ao inventor.
Fonte: Olhar Digital












